Seminário realizado pela vice-presidência de Incorporação Imobiliária e Terrenos do Secovi-SP no dia 31/5 reuniu especialistas do mercado de Capitais, que apresentaram as possibilidades de aproximar esse segmento do mercado de imóveis. São inúmeras as oportunidades de negócios para empresários e investidores. Na abertura do evento Mercado de Capitais & Mercado Imobiliário – Oportunidades de Investimentos, dia 31/5, na sede do Secovi-SP (Sindicato da Habitação).
Mais de 250 pessoas acompanharam o cenário atual da Previdência Complementar no Brasil e as perspectivas de crescimento. Ricardo Pena, diretor-superintendente da Previc, apresentou a legislação que rege esse segmento de investimentos e destacou o papel o Estado na formulação da política previdenciária complementar. “Cabe ao governo determinar os padrões mínimos de segurança para preservar a liquidez, a solvência e ao equilíbrio dos planos, além de fiscalizar e aplicar penalidades.” Conforme Pena, os principais norteadores de uma previdência segura são política de longo prazo, capacidade de supervisão, especialização e estabilidade de regras e comportamento. Atualmente, o sistema Previc conta com 370 entidades, 1.037 planos previdenciários, 2,5 milhões de participantes, 2.712 patrocinadores, 450 instituidores e R$ 520 bilhões de ativos, o que corresponde a 17% do PIB (Produto Interno Bruto). Investimentos dos fundos de pensão em imóveis correspondem a 2,7%. O economista Marcelo Rabbat disse que a maior preocupação dos investidores é encontrar ativos de longo prazo capazes de gerar renda real e manter uma boa relação entre risco e retorno. “A alternativa mais natural e viável são investimentos imobiliários diretos, pois haverá dificuldade de realocar os recursos previdenciários porque a população brasileira está vivendo mais”, asseverou. Rabbat lembrou que o argumento mais forte para atrair investidores “pessoa física” para os fundos imobiliários é a isenção do Imposto de Renda, que pode corresponder a 50% dos juros nominais. As melhores oportunidades, de acordo com Rabbat que também é consultor em investimentos, estão nos segmentos de renda fixa (FIDCs, Cris, CCI), investimentos estruturados (FII), e imobiliário (imóveis urbanos). “O Fundo de Investimentos em Direito Creditório é um importante instrumento a ser olhado em termos de segurança e riscos. Deve-se ficar atento à natureza dos potenciais tomadores desses ativos, por serem a porta de entrada do mercado imobiliário”, alertou. O economista apresentou os riscos da entrada de empreendimentos residenciais no mercado de capitais. Dentre os inúmeros motivos, estão: concentração dos devedores, política de crédito usada para a concessão de empréstimo, risco de descasamento entre os índices de correção das parcelas do financiamento. “É muito importante não haver nenhum tipo de descasamento, quer do prazo de atualização, quer do sistema de amortização. Ainda não há como mensurar o risco de não-performance, pois o imóvel é entregue a longo prazo e isso é um grande risco ao investidor”, alertou Rabbat. Fundos imobiliários – Martin Fass, diretor de investimentos imobiliários da Rio Bravo Investimentos, fez uma rápida retrospectiva cronológica da implantação dos marcos regulatórios dos Fundos de Investimentos Imobiliários (FII). De acordo com ele, há 89 fundos registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e que representam R$ 5,7 bilhões em patrimônio. Desse montante, 33 fundos estão listados na Bolsa de Valores, totalizando R$ 4,9 bilhões e com distribuição entre mercado de escritórios (40%), shopping centers (30%) e pulverização dos demais. Em pouco mais de três anos, os FII apresentam volatilidade maior que a Bolsa, mas faltam vendedores para esses fundos e não compradores. Os investidores desse segmento são conservadores e as negociações atualmente giram em torno de R$ 14 milhões. “Esses fundos tendem a crescer bastante, porque os investidores entendem que são necessários ativos menores a fim de se ganhar volume e melhorar a precificação das ações. Isso exige gestão ativa desses investidores e esse movimento realmente estimula a aproximação entre os mercados de capital e imobiliário”, analisou Fass. Na opinião de Alexandre Machado, da CSHG (Credit Suisse Hdging Griffo), é preciso promover instrumentos, superar barreiras culturais acerca desse tipo de investimento e tornar as informações e linguagem mais acessível a todos os públicos. Profissionalismo, dinamismo, simplificação jurídica e tributária trazem transparência a esses fundos. “E fazem os clientes se sentirem seguros na gestão”, ressaltou. Para ele, a falta de vendedores de ações dos FIIs se justifica pela baixa liquidez dos papéis, porque não há problemas de saída desses ativos. O grande desafio do mercado de capitais para as novas emissões, conforme Machado, é equilibrar o descasamento entre os recursos captados e oferecidos. “Mas acredito que brevemente haverá oferta de fundos com ativos acima de R$ 1 milhão”, concluiu.
FONTE: Secovi- SP / Vida Imobiliária
Mais de 250 pessoas acompanharam o cenário atual da Previdência Complementar no Brasil e as perspectivas de crescimento. Ricardo Pena, diretor-superintendente da Previc, apresentou a legislação que rege esse segmento de investimentos e destacou o papel o Estado na formulação da política previdenciária complementar. “Cabe ao governo determinar os padrões mínimos de segurança para preservar a liquidez, a solvência e ao equilíbrio dos planos, além de fiscalizar e aplicar penalidades.” Conforme Pena, os principais norteadores de uma previdência segura são política de longo prazo, capacidade de supervisão, especialização e estabilidade de regras e comportamento. Atualmente, o sistema Previc conta com 370 entidades, 1.037 planos previdenciários, 2,5 milhões de participantes, 2.712 patrocinadores, 450 instituidores e R$ 520 bilhões de ativos, o que corresponde a 17% do PIB (Produto Interno Bruto). Investimentos dos fundos de pensão em imóveis correspondem a 2,7%. O economista Marcelo Rabbat disse que a maior preocupação dos investidores é encontrar ativos de longo prazo capazes de gerar renda real e manter uma boa relação entre risco e retorno. “A alternativa mais natural e viável são investimentos imobiliários diretos, pois haverá dificuldade de realocar os recursos previdenciários porque a população brasileira está vivendo mais”, asseverou. Rabbat lembrou que o argumento mais forte para atrair investidores “pessoa física” para os fundos imobiliários é a isenção do Imposto de Renda, que pode corresponder a 50% dos juros nominais. As melhores oportunidades, de acordo com Rabbat que também é consultor em investimentos, estão nos segmentos de renda fixa (FIDCs, Cris, CCI), investimentos estruturados (FII), e imobiliário (imóveis urbanos). “O Fundo de Investimentos em Direito Creditório é um importante instrumento a ser olhado em termos de segurança e riscos. Deve-se ficar atento à natureza dos potenciais tomadores desses ativos, por serem a porta de entrada do mercado imobiliário”, alertou. O economista apresentou os riscos da entrada de empreendimentos residenciais no mercado de capitais. Dentre os inúmeros motivos, estão: concentração dos devedores, política de crédito usada para a concessão de empréstimo, risco de descasamento entre os índices de correção das parcelas do financiamento. “É muito importante não haver nenhum tipo de descasamento, quer do prazo de atualização, quer do sistema de amortização. Ainda não há como mensurar o risco de não-performance, pois o imóvel é entregue a longo prazo e isso é um grande risco ao investidor”, alertou Rabbat. Fundos imobiliários – Martin Fass, diretor de investimentos imobiliários da Rio Bravo Investimentos, fez uma rápida retrospectiva cronológica da implantação dos marcos regulatórios dos Fundos de Investimentos Imobiliários (FII). De acordo com ele, há 89 fundos registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e que representam R$ 5,7 bilhões em patrimônio. Desse montante, 33 fundos estão listados na Bolsa de Valores, totalizando R$ 4,9 bilhões e com distribuição entre mercado de escritórios (40%), shopping centers (30%) e pulverização dos demais. Em pouco mais de três anos, os FII apresentam volatilidade maior que a Bolsa, mas faltam vendedores para esses fundos e não compradores. Os investidores desse segmento são conservadores e as negociações atualmente giram em torno de R$ 14 milhões. “Esses fundos tendem a crescer bastante, porque os investidores entendem que são necessários ativos menores a fim de se ganhar volume e melhorar a precificação das ações. Isso exige gestão ativa desses investidores e esse movimento realmente estimula a aproximação entre os mercados de capital e imobiliário”, analisou Fass. Na opinião de Alexandre Machado, da CSHG (Credit Suisse Hdging Griffo), é preciso promover instrumentos, superar barreiras culturais acerca desse tipo de investimento e tornar as informações e linguagem mais acessível a todos os públicos. Profissionalismo, dinamismo, simplificação jurídica e tributária trazem transparência a esses fundos. “E fazem os clientes se sentirem seguros na gestão”, ressaltou. Para ele, a falta de vendedores de ações dos FIIs se justifica pela baixa liquidez dos papéis, porque não há problemas de saída desses ativos. O grande desafio do mercado de capitais para as novas emissões, conforme Machado, é equilibrar o descasamento entre os recursos captados e oferecidos. “Mas acredito que brevemente haverá oferta de fundos com ativos acima de R$ 1 milhão”, concluiu.
FONTE: Secovi- SP / Vida Imobiliária
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