Um ano após sua estreia no mercado de crédito imobiliário, o Banco do Brasil assegurou às maiores construtoras do país a oferta de um total de R$ 5 bilhões - volume que, se for convertido em operações concretas de crédito, colocará a carteira do BB no mesmo nível dos concorrentes privados. Novato no segmento, o banco tende a se beneficiar das altas taxas de crescimento do crédito imobiliário, a carteira que mais cresce no país.
Nos primeiros três meses do ano, o banco aprovou 18 projetos, que somam R$ 360 milhões. O número de empreendimentos dobrou em relação ao mesmo período do ano passado. No segmento de financiamento à pessoa física, a carteira do BB já é maior. Em março, o volume de crédito concedido somava perto de R$ 1,9 bilhão. O potencial, levando-se em conta a funding do banco, é de cerca de R$ 7 bilhões. A meta do BB é conquistar a liderança no financiamento à construção nos próximos anos. Para acelerar os processos, os acordos fechados pelo BB foram feitos com base em um modelo considerado inovador. Para evitar análises a cada novo projeto, o banco oferece um teto de crédito para as companhias, baseado no histórico de desempenho dessas empresas, e a liberação se dá a cada novo empreendimento. Isso garante maior agilidade na concessão das operações, afirma o diretor de crédito Walter Malieni. "Funciona como uma espécie de conta garantida. Confiamos no padrão mercadológico das companhias e ganhamos em velocidade de análise", afirma Malieni. O empréstimo para a construção é estratégico para o crescimento da carteira imobiliária, não só pela operação em si, bastante rentável, mas principalmente pelo acesso ao mutuário final. A importância se mostra nos números. No Bradesco, de uma carteira de R$ 8,3 bilhões, em março de 2010, mais de R$ 5 bilhões são de recursos destinados às empresas. Já no Santander, líder de mercado, as construtoras ficam com aproximadamente 45% dos R$ 9,6 bilhões do saldo da instituição no negócio da habitação. Ao contrário do financiamento à casa própria, onde a Caixa é o principal agente, com 70% do mercado, no parcelamento da obra os bancos privados ainda dominam o relacionamento com as grandes incorporadoras. Aos poucos isso começa a mudar. A Caixa já ampliou sua participação no ramo e agora é a vez do BB reforçar a ofensiva. O BB aposta também nas operações fora dos grandes centros, onde a participação de mercado da instituição é maior do que em muitas capitais. Como exemplo, ele cita que a segunda maior concessão de empréstimos imobiliários hoje está em Goiás, com doze empreendimentos financiados pelo banco, atrás apenas de São Paulo. Nessas regiões, todos os negócios analisados pelo Banco do Brasil incluem uma sociedade entre uma grande incorporadora, que entra com o conhecimento e parte do capital, e uma construtora de pequeno porte, que geralmente é a dona do terreno. Com as áreas metropolitanas apresentando saturação, há uma migração natural das maiores empresas para mercados mais periféricos. O BB tem fechados acordos, estruturadas em sociedades de propósitos específicos, para tocar a obra.
FONTE: Valor / Vida Imobiliária
Nos primeiros três meses do ano, o banco aprovou 18 projetos, que somam R$ 360 milhões. O número de empreendimentos dobrou em relação ao mesmo período do ano passado. No segmento de financiamento à pessoa física, a carteira do BB já é maior. Em março, o volume de crédito concedido somava perto de R$ 1,9 bilhão. O potencial, levando-se em conta a funding do banco, é de cerca de R$ 7 bilhões. A meta do BB é conquistar a liderança no financiamento à construção nos próximos anos. Para acelerar os processos, os acordos fechados pelo BB foram feitos com base em um modelo considerado inovador. Para evitar análises a cada novo projeto, o banco oferece um teto de crédito para as companhias, baseado no histórico de desempenho dessas empresas, e a liberação se dá a cada novo empreendimento. Isso garante maior agilidade na concessão das operações, afirma o diretor de crédito Walter Malieni. "Funciona como uma espécie de conta garantida. Confiamos no padrão mercadológico das companhias e ganhamos em velocidade de análise", afirma Malieni. O empréstimo para a construção é estratégico para o crescimento da carteira imobiliária, não só pela operação em si, bastante rentável, mas principalmente pelo acesso ao mutuário final. A importância se mostra nos números. No Bradesco, de uma carteira de R$ 8,3 bilhões, em março de 2010, mais de R$ 5 bilhões são de recursos destinados às empresas. Já no Santander, líder de mercado, as construtoras ficam com aproximadamente 45% dos R$ 9,6 bilhões do saldo da instituição no negócio da habitação. Ao contrário do financiamento à casa própria, onde a Caixa é o principal agente, com 70% do mercado, no parcelamento da obra os bancos privados ainda dominam o relacionamento com as grandes incorporadoras. Aos poucos isso começa a mudar. A Caixa já ampliou sua participação no ramo e agora é a vez do BB reforçar a ofensiva. O BB aposta também nas operações fora dos grandes centros, onde a participação de mercado da instituição é maior do que em muitas capitais. Como exemplo, ele cita que a segunda maior concessão de empréstimos imobiliários hoje está em Goiás, com doze empreendimentos financiados pelo banco, atrás apenas de São Paulo. Nessas regiões, todos os negócios analisados pelo Banco do Brasil incluem uma sociedade entre uma grande incorporadora, que entra com o conhecimento e parte do capital, e uma construtora de pequeno porte, que geralmente é a dona do terreno. Com as áreas metropolitanas apresentando saturação, há uma migração natural das maiores empresas para mercados mais periféricos. O BB tem fechados acordos, estruturadas em sociedades de propósitos específicos, para tocar a obra.
FONTE: Valor / Vida Imobiliária
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