domingo, 10 de janeiro de 2010

O buraco da Gafisa

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A construtora vale menos e deve mais do que os concorrentes. E também não evitou que os problemas da Tenda arranhassem sua imagem

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foto: DANIEL WAINSTEIN/ag.
obra da Gafisa integração com a Tenda gera dificuldades para a empresa
O setor imobiliário brasileiro vive o melhor momento de sua história, com índices de crescimento que não se repetem em nenhum lugar do mundo. Uma empresa, porém, destoa desta fase de pujança. Trata-se da Gafisa, segunda maior construtora do Brasil em faturamento, atrás da Cyrela Realty.
Uma consulta ao desempenho das ações da Gafisa revela o tamanho do buraco em que ela se meteu. Nos últimos seis meses, os papéis da companhia subiram 37%, bem aquém da performance média. No mesmo período, segundo dados da consultoria Economática, a expansão do segmento foi de 60%.
Suas principais concorrentes, como JHSF e Abyara, tiveram alta de 77% e 88%, respectivamente. Mas não é só isso. A relação dívida sobre patrimônio líquido da Gafisa chegou em dezembro a 126%, quase o dobro dos 68% de média do mercado. Sob a gestão do presidente Wilson Amaral, as contas a pagar da Gafisa dispararam.
Em setembro de 2008, a empresa devia R$ 1,3 bilhão. Um ano depois, o valor duplicou, totalizando R$ 2,5 bilhões. Nos últimos anos, a empresa adotou uma série de decisões estratégicas que culminaram nos resultados negativos de 2009. Enquanto o mercado luta para enxugar gastos,as despesas comerciais e administrativas da Gafisa revelam um descontrole de caixa. Nos nove primeiros meses do ano, as despesas do Grupo Gafisa alcançaram R$ 172 milhões - são as mais altas do setor. Segundo o mercado, o presidente Amaral é conhecido como um executivo centralizador, que toma decisões solitariamente.
Uma dessas decisões repercutiu negativamente nos números da Gafisa. Em setembro de 2008, a empresa comprou a Tenda, que atua nos segmentos de baixa renda. Dados do Procon de São Paulo revelam que a companhia foi a empresa do setor com o maior número de reclamações em 2008 - foram 55, das quais 30 não foram solucionadas. A publicitária Cleni Silo diz que teve uma experiência "muito ruim" com a empresa.
No final de 2007, Cleni comprou uma unidade em fase de construção, em Santo André. Ela deu uma entrada pequena, de R$ 1 mil, para garantir a aquisição do imóvel. "Depois, fui até o escritório da Tenda e descobri que o mesmo apartamento tinha sido vendido para várias pessoas", afirma. "Você compra um apartamento na planta só para garantir a venda.
Depois, o problema aparece." Cleni continua: "Perdi 30% do valor que tinha dado por quebra de contrato, mas na verdade foi a Tenda que não cumpriu o contrato." Ações como essa acabam arranhando a imagem da própria Gafisa. "Nesse caso, é preciso reconstruir a marca num setor em que a perda de credibilidade é mortal", diz Antônio Trajano, sócio da Branding Consumer.
A integração entre a Gafisa e a Tenda não foi concluída. Amaral já anunciou a saída do atual presidente da Tenda, Carlos Trostli, que deixa o cargo no início do ano. Segundo analistas, o futuro da Gafisa é incerto. "A questão é que a Gafisa precisa reduzir a alta alavancagem e elevar os índices de performance operacional, numa conjuntura econômica ainda sujeita a incertezas", informa o mais recente relatório da agência de risco Fitch.
Em junho, a Gafisa cancelou uma oferta de ações na Bolsa de São Paulo. Segundo Amaral, o problema foi de "comunicação". Procurada pela DINHEIRO, a empresa não dá explicações sobre sua performance, embora tenha montado uma máquina de consultores para auxiliá-la nessa tarefa. Seria essa mais uma decisão equivocada?

Fonte: Revista ISTO É Dinheiro





Um comentário:

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