Com uma comunidade de 40 mil pessoas, a favela San Agustín, no centro de Caracas, terá a primeira versão internacional do programa Minha Casa, Minha Vida nos próximos meses. Como parte de um acordo de cooperação técnica entre os governos brasileiro e venezuelano, a Caixa Econômica Federal está ajudando o Ministério de Obras Públicas e Habitação da Venezuela a realizar projeto habitacional e urbanístico na comunidade e trabalhando em parceria com o Banco da Venezuela para dinamizar os financiamentos imobiliários e outros serviços bancários para a população de baixa renda.
Além da participação do banco brasileiro, o governo venezuelano também pretende atrair empresas do setor da construção civil do país. Comitiva de autoridades do governo venezuelano e de executivos e técnicos da Caixa visitou ontem três empreendimentos habitacionais populares na periferia de São Paulo e se reuniu com empresários. "A parceria com a Caixa está adiantada em San Agustín e vamos atender outras seis comunidades", contou ao Valor o ministro venezuelano de Obras Públicas e Habitação, Diosdado Cabello. Segundo ele, o Minha Casa, Minha Vida é um modelo já sistematizado que integra habitação e urbanização e pode ajudar a combater o déficit habitacional do país, de cerca de 2 milhões de domicílios. Só na favela San Agustín, mais de 5 mil famílias serão beneficiadas. O número pode ultrapassar 50 mil nos outros bairros de Caracas. "Se é bom e está firme no Brasil, com participação de muitas empresas e vários projetos do PAC, vamos copiar", completou. Alvaro Augusto Hall, superintendente do escritório de representação da Caixa na Venezuela, explica que o modelo bancário e, principalmente, de financiamento habitacional na Venezuela é excludente. Segundo ele, adoção de modelos como o seguro habitacional e o fundo garantidor pode ajudar a difundir o crédito imobiliário no país latino-americano. "O governo está acostumado a praticamente doar casas para quem não tem condições de entrar num financiamento, a iniciativa privada está fora do mercado na Venezuela. O fundo garantidor é uma forma de desburocratizar o processo e atrair instituições privadas e empresas do setor, que passarão a se interessar por esse mercado, oferecendo imóveis a preços acessíveis", diz Hall. Na esteira da parceria para exportar o programa Minha Casa, Minha Vida para a Venezuela, a Caixa também vai transferir tecnologia bancária para introdução do microcrédito nas comunidades atendidas. "O projeto de cooperação é pensado nos eixos de desenvolvimento urbano, social e econômico. Pretende-se incluir os tradicionais correspondentes bancários que temos no Brasil, que estimula a população a se bancarizar e ajuda a economia local a se desenvolver", explicou o executivo, em Caracas desde o fim do ano passado. Hall disse ainda que, por enquanto, a Caixa vai apenas transferir know-how, mas, no futuro, a parceria pode reverter em negócios. "Estamos considerando essa possibilidade, inicialmente para atender a empresas brasileiras."
FONTE: Valor Econômico / Vida Imobiliária
Além da participação do banco brasileiro, o governo venezuelano também pretende atrair empresas do setor da construção civil do país. Comitiva de autoridades do governo venezuelano e de executivos e técnicos da Caixa visitou ontem três empreendimentos habitacionais populares na periferia de São Paulo e se reuniu com empresários. "A parceria com a Caixa está adiantada em San Agustín e vamos atender outras seis comunidades", contou ao Valor o ministro venezuelano de Obras Públicas e Habitação, Diosdado Cabello. Segundo ele, o Minha Casa, Minha Vida é um modelo já sistematizado que integra habitação e urbanização e pode ajudar a combater o déficit habitacional do país, de cerca de 2 milhões de domicílios. Só na favela San Agustín, mais de 5 mil famílias serão beneficiadas. O número pode ultrapassar 50 mil nos outros bairros de Caracas. "Se é bom e está firme no Brasil, com participação de muitas empresas e vários projetos do PAC, vamos copiar", completou. Alvaro Augusto Hall, superintendente do escritório de representação da Caixa na Venezuela, explica que o modelo bancário e, principalmente, de financiamento habitacional na Venezuela é excludente. Segundo ele, adoção de modelos como o seguro habitacional e o fundo garantidor pode ajudar a difundir o crédito imobiliário no país latino-americano. "O governo está acostumado a praticamente doar casas para quem não tem condições de entrar num financiamento, a iniciativa privada está fora do mercado na Venezuela. O fundo garantidor é uma forma de desburocratizar o processo e atrair instituições privadas e empresas do setor, que passarão a se interessar por esse mercado, oferecendo imóveis a preços acessíveis", diz Hall. Na esteira da parceria para exportar o programa Minha Casa, Minha Vida para a Venezuela, a Caixa também vai transferir tecnologia bancária para introdução do microcrédito nas comunidades atendidas. "O projeto de cooperação é pensado nos eixos de desenvolvimento urbano, social e econômico. Pretende-se incluir os tradicionais correspondentes bancários que temos no Brasil, que estimula a população a se bancarizar e ajuda a economia local a se desenvolver", explicou o executivo, em Caracas desde o fim do ano passado. Hall disse ainda que, por enquanto, a Caixa vai apenas transferir know-how, mas, no futuro, a parceria pode reverter em negócios. "Estamos considerando essa possibilidade, inicialmente para atender a empresas brasileiras."
FONTE: Valor Econômico / Vida Imobiliária
Nenhum comentário:
Postar um comentário