O Banco Mundial, através do braço privado IFC (International Finance Corporation), fechou o seu primeiro investimento no setor imobiliário. O IFC assinou, ontem, acordo com a Brookfield Incorporações no valor de U$ 47 milhões para a criação de uma empresa de baixa renda, que atuará no programa Minha Casa, Minha Vida. O braço do Banco Mundial está fazendo due dilligence para fechar com mais uma construtora.
O objetivo é investir US$ 150 milhões na área imobiliária - tanto em empréstimos, quanto participação direta nas companhias. Dos US$ 47 milhões que o IFC colocará na Brookfield, US$ 30 milhões serão oferecidos por meio de linhas de crédito (de sete anos a uma taxa de CDI mais 2,5%) e US$ 17 milhões em capital próprio do IFC, que representarão 10% das ações da nova subsidiária da Brookfield para baixa renda. "Vamos ser muito ativos no setor de habitação popular este ano", afirma Andrew Gunther, executivo sênior do IFC para o Brasil. Segundo Gunther, pelo menos mais um negócio deve ser fechado em 2010 pelo órgão. "Temos interesse nesse setor porque tem um grande impacto no desenvolvimento e provoca uma mudança radical na vida das pessoas", diz. Além disso, reconhece, trata-se de um setor bastante demandado e com boas oportunidades de crescimento. O IFC já investiu US$ 2,2 bilhões no Brasil ao longo dos anos em diversos segmentos, como bancos médios, infraestrutura, agronegócio e educação. No último ano fiscal, encerrado em 30 de junho, investiu mais de US$ 1 bilhão. Como acionista da nova empresa, o IFC terá um assento no conselho de administração, além de poder indicar um executivo para acompanhar o dia-a-dia. Toda a estrutura operacional ficará por conta da Brookfield e o presidente da subsidiária será Marcelo Borba, um dos fundadores da MB Engenharia, empresa adquirida pela Brookfield (na época Brascan). Segundo Borba, a subsidiária deve ter um nome, mas a assinatura Brookfield - de difícil pronúncia para esse público - deve ser mantida. Entre as empresas abertas de maior porte (Cyrela, PDG, MRV, Gafisa e Rossi), a Brookfield é a que tem a menor atuação e tradição no segmento de baixa renda. Aumentou a presença após a compra da MB, mas ainda assim o segmento representou cerca de 20% dos lançamentos da companhia no ano passado, com menos de quatro mil unidades. "Queríamos conhecer melhor o produto e ganhar experiência nessa faixa de mercado", afirma Nicholas Reade, presidente da Brookfield. "Vamos manter os 20%, mas o total está crescendo", disse. Para este ano, com o aporte do IFC e a criação de uma empresa focada nesse mercado, a intenção da companhia é lançar entre seis e oito mil unidades. "Agora vamos atuar de maneira focada e integrada no segmento de baixa renda", acrescenta Reade. Até a criação da subsidiária, a atuação da Brookfield na baixa renda era feita por cada uma das unidades de negócios da empresa. A subsidiária foi avaliada em R$ 300 milhões, segundo Reade, incluindo obras, projetos e terrenos. A Brookfield tem projetos de baixa renda em Cajamar (SP), no Rio de Janeiro e em Goiânia. A empresa vai atuar nos mesmos mercados onde já está: São Paulo e Rio e nas regiões Centro-Oeste e Sul.
FONTE: Valor Econômico/ Vida Imobiliária
O objetivo é investir US$ 150 milhões na área imobiliária - tanto em empréstimos, quanto participação direta nas companhias. Dos US$ 47 milhões que o IFC colocará na Brookfield, US$ 30 milhões serão oferecidos por meio de linhas de crédito (de sete anos a uma taxa de CDI mais 2,5%) e US$ 17 milhões em capital próprio do IFC, que representarão 10% das ações da nova subsidiária da Brookfield para baixa renda. "Vamos ser muito ativos no setor de habitação popular este ano", afirma Andrew Gunther, executivo sênior do IFC para o Brasil. Segundo Gunther, pelo menos mais um negócio deve ser fechado em 2010 pelo órgão. "Temos interesse nesse setor porque tem um grande impacto no desenvolvimento e provoca uma mudança radical na vida das pessoas", diz. Além disso, reconhece, trata-se de um setor bastante demandado e com boas oportunidades de crescimento. O IFC já investiu US$ 2,2 bilhões no Brasil ao longo dos anos em diversos segmentos, como bancos médios, infraestrutura, agronegócio e educação. No último ano fiscal, encerrado em 30 de junho, investiu mais de US$ 1 bilhão. Como acionista da nova empresa, o IFC terá um assento no conselho de administração, além de poder indicar um executivo para acompanhar o dia-a-dia. Toda a estrutura operacional ficará por conta da Brookfield e o presidente da subsidiária será Marcelo Borba, um dos fundadores da MB Engenharia, empresa adquirida pela Brookfield (na época Brascan). Segundo Borba, a subsidiária deve ter um nome, mas a assinatura Brookfield - de difícil pronúncia para esse público - deve ser mantida. Entre as empresas abertas de maior porte (Cyrela, PDG, MRV, Gafisa e Rossi), a Brookfield é a que tem a menor atuação e tradição no segmento de baixa renda. Aumentou a presença após a compra da MB, mas ainda assim o segmento representou cerca de 20% dos lançamentos da companhia no ano passado, com menos de quatro mil unidades. "Queríamos conhecer melhor o produto e ganhar experiência nessa faixa de mercado", afirma Nicholas Reade, presidente da Brookfield. "Vamos manter os 20%, mas o total está crescendo", disse. Para este ano, com o aporte do IFC e a criação de uma empresa focada nesse mercado, a intenção da companhia é lançar entre seis e oito mil unidades. "Agora vamos atuar de maneira focada e integrada no segmento de baixa renda", acrescenta Reade. Até a criação da subsidiária, a atuação da Brookfield na baixa renda era feita por cada uma das unidades de negócios da empresa. A subsidiária foi avaliada em R$ 300 milhões, segundo Reade, incluindo obras, projetos e terrenos. A Brookfield tem projetos de baixa renda em Cajamar (SP), no Rio de Janeiro e em Goiânia. A empresa vai atuar nos mesmos mercados onde já está: São Paulo e Rio e nas regiões Centro-Oeste e Sul.
FONTE: Valor Econômico/ Vida Imobiliária
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