A discussão sobre a acessibilidade universal ganha a cada dia mais espaço no Brasil. Segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há 24 milhões de deficientes no país. Por isso, quem está construindo ou reformando um imóvel deve estar atento a este importante detalhe. Projetos arquitetônicos e de engenharia devem conter itens básicos que comprovem que a acessibilidade está sendo considerada – como, por exemplo, portas com largura suficiente para a passagem de cadeiras de rodas ou banheiros com bacias sanitárias na altura total de 46 cm, que possibilitam o pleno acesso a cadeirantes. Tais questões são previstas no Decreto nº 5296/2004, que torna obrigatória a instalação de dispositivos e equipamentos que ofereçam melhores condições de acessibilidade à população. A legislação indica que o item acessibilidade universal deve constar em todas as obras de uso coletivo, ou seja, exclui apenas as residências unifamiliares. Entre os erros mais comuns (veja abaixo) estão a implantação de rampas de acesso que não seguem as determinações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e a falta de sinalização de locais públicos. “Pelo que determina a legislação, a aprovação ou licenciamento do certificado de conclusão de projeto arquitetônico ou urbanístico só poderá ser efetivado quando for apresentado o atestado de atendimento às regras de acessibilidade previstas nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT. Ou seja, não basta apenas implantar itens de acessibilidade, mas que eles sejam funcionais e seguros, dentro de que diz a norma”, informa Yamawaki.
Preocupação com a acessibilidade Alguns cuidados básicos na hora de planejar o projeto do imóvel podem fazer a diferença quanto à questão da acessibilidade. Confira algumas dicas do gerente de acessibilidade da Daiken Indústria Eletrônica, SérgioYamawaki: Rampas - Em muitos prédios de uso coletivo com dois ou três andares, a fim de atender à legislação que prevê a instalação de elevadores ou rampas de acesso, muitos optam pelas rampas, construindo-as fora das normas da ABNT. Conclusão: os deficientes, muitas vezes, não têm força para vencer o percurso. Outras são muito íngrimes com o perigo da cadeira tombar para trás. As normas especificam um declível de no máximo 8% e quando for longa, que haja locais para descanso dos cadeirantes. As rampas não são indicadas para hipertensos, idosos, muletantes etc. As rampas de ruas, de acesso às calçadas, devem estar devidamente desobstruídas de carros ou de ambulantes. Para evitar maiores transtornas, a orientação é para que se opte na instalação de elevadores ou plataformas de acessibilidade, dentro das exigências da ABNT. Falta de sinalização - Além das barreiras arquitetônicas, os deficientes, como os cegos sofrem com o problema de comunicação. Os elevadores mais antigos, por exemplo, não trazem gravados nos botões dos andares o sistema braile. Isso dificulta ou impede que uma pessoa com deficiência visual tenha acesso sozinha ao andar desejado. No procedimento de reforma ou modernização desses equipamentos, os síndicos precisam levar em conta este fato e trocar os painéis antigos pelos adequados. Portas e banheiros – Outro erro comum é o do tamanho das portas e do planejamento dos banheiros. A orientação é para que as portas tenham a largura adequada para a passagem de cadeirantes, além do cuidado com a altura de pias e vasos sanitários. FONTE: SindicoNet |
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Na hora de construir ou reformar, preste atenção na acessibilidade do condomínio
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