Depois do boom dos apart-hotéis e flats, nas décadas de 1980 e 1990, um novo modelo de investimentos imobiliários começa a ganhar força no Brasil. Trata-se dos hotéis-condomínios, uma opção de investimento para pessoas físicas e jurídicas, na qual o investidor compra um quarto de hotel e tem como retorno o resultado da operação hoteleira.
Nessa linha, já está em andamento o Breezes Búzios, no balneário fluminense de mesmo nome, assinado pela construtora Wrobel, com inauguração prevista para este semestre. Com investimento de R$ 125 milhões, o Breezes, que será operado pelo SuperClubs, da Jamaica, contará com 329 apartamentos. No dia do lançamento oficial, 73% das unidades do resort foram vendidas.
Nas pegadas dos jamaicanos, o grupo Posadas, dono da rede Caesar Park, também pretende entrar no nicho, com a construção de um resort em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. A exemplo do Breezes, a concepção do projeto é da consultoria hoteleira BSH Internacional, de São Paulo, e a construção do Caesar ficará a cargo da incorporadora fluminense Fator Realty.
"Os proprietários participam de uma sociedade hoteleira e o retorno vem dos resultados da operação", diz José Ernesto Marino Neto, presidente e fundador da BSH. Marino calcula que o retorno anual fique acima dos dois dígitos. A BSH participa, ainda, de ambos os projetos como asset management, atuando como procuradora dos investidores.
O resort de Angra, com investimento de R$ 85 milhões e prazo de entrega em 2012, terá 165 apartamentos, além de casas e bangalôs, totalizando 310 unidades. Cada uma delas deve custar em torno de R$ 300 mil. A captação de recursos será feita por uma imobiliária, ainda não definida.
Segundo Marino, há potencial para esse tipo de negócio em várias cidades brasileiras, entre elas São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Brasília. Levando-se em conta os resultados do setor hoteleiro nos últimos anos, o investimento pode ser interessante. Desde 2002, mostra Marino Neto, as tarifas de hotéis em São Paulo, por exemplo, cresceram 35% e a demanda, 95%.
FONTE: Forum Imobiliário
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