sábado, 17 de abril de 2010

Alagamentos causam desvalorização em imóveis

De acordo com pesquisa realizada pelo Creci-SP, as unidades podem perder até 30% do valor de mercado, se comparadas às outras regiões

Sem perspectiva e sem solução. É assim que os 11 milhões de habitantes de São Paulo têm convivido com os constantes temporais, que afetam uma das maiores cidades do mundo.

A chuva tem causado uma série de problemas, como congestionamentos inimagináveis, bairros inteiros alagados e sem eletricidade, além casas e árvores derrubadas. Nos últimos meses, os estragos causados pelas chuvas refletiram na desvalorização dos imóveis, por conta dos inúmeros alagamentos na cidade.

De acordo com levantamento feito pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP), as unidades usadas em áreas afetadas com frequência pelas enxurradas perdem até 30% do valor de mercado em relação a outras na mesma região. “Além disso, as áreas que são tradicionalmente alagadas também tem uma velocidade de venda menor”, afirmou o diretor de locação da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (Aabic), Eduardo Zangari.

Ainda segundo o estudo, imóveis afetados por enchentes no Brooklin (zona oeste) e em Santo Amaro (zona sul) apresentam desvalorização de 20%. Na região de alagamento entre a Barra Funda e a Vila Leopoldina, os usados perdem até 15% do valor. Já no Jaçanã, no Parque Edu Chaves (zona norte) e no vale do Aricanduva (zona leste), a perda chega a 30%.

Nas regiões de alta procura, os alagamentos não influenciaram a desvalorização da área. “Vale lembrar que no final do ano passado, mesmo com protestos de diversas entidades civis, inclusive da Aabic que teve forte posicionamento na mídia, a prefeitura realizou enorme aumento do IPTU, em todas as regiões da cidade, justificando que a planta genérica de valores estava desatualizada. Seria irônico, se não fosse trágico”, destacou o diretor de locação da Aabic.

Negócio - Apesar do cenário atual, um imóvel desvalorizado pode ser um investimento a longo prazo, quando há previsão de melhorias na região. No entanto, para quem aluga, é importante se informar sobre o local. “A pessoa deve ter cuidado neste momento, pois os riscos de perdas com um alagamento ficam a cargo do inquilino”, ressaltou Zangari.

FONTE: AABIC

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