Advogados, engenheiros, contadores, administradores e até médicos. Atentos ao aquecimento do mercado imobiliário, é cada vez maior o número de profissionais de diferentes áreas que buscam uma fatia desse bolo, qualificando-se para atuar como corretor. Hoje, segundo dados do Conselho Regional de Corretores Imobiliários no Rio (Creci-RJ), 81% dos 32.327 corretores do estado têm nível superior. Até 2002, esse número não chegava a 50%. Por mês, o Creci-RJ concede cerca de 200 novos registros profisisonais.
- Essa migração gera um movimento positivo, pois faz com que aqueles que já atuam na área busquem se especializar cada vez mais para atender às exigências do mercado. A tendência é que o nível de formação seja cada vez maior. Uma prova disso é o aumento do número de cursos superiores de gestão em negócios imobiliários - afirma Edecio Cordeiro, presidente em exercício do Creci-RJ. - Em algumas capitais do Nordeste, como Natal e Fortaleza, onde o investimento estrangeiro no mercado é forte, há inclusive uma procura por corretores que falem pelo menos duas línguas estrangeiras - completa.
A profissão também está se tornando cada vez mais jovem. Segundo pesquisa realizada em 2005 pelo Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), boa parte dos profissionais tinha entre 46 e 55 anos de idade. Hoje, destaca o presidente do órgão, João Teodoro da Silva, a faixa que prevalece é a dos 35 aos 38 anos:
- O primeiro cenário é característico de uma época em que muitas pessoas mudavam de profissão já no fim de carreira, para ganhar uma renda extra com o setor imobiliário. Hoje, as pessoas saem do ensino médio e estudam para serem corretores de imóveis. Em breve, a faixa etária predominante será ainda mais jovem.
O número de mulheres na profissão também aumentou. E muito. Nos últimos dez anos, o crescimento chegou a 144%. Hoje, 25% dos corretores são do sexo feminino. Outro dado que chama a atenção é a inclusão digital dos profissionais do setor. Até 2004, segundo o Cofeci, apenas 14% dos corretores estavam conectados à internet. Hoje, o percentual passa de 85%.
- O trabalho do corretor não se restringe mais à venda de imóveis. Com o acesso fácil e cada vez mais veloz a todo o tipo de informação, o profissional ganhou mais subsídios para desenvolver um trabalho de qualidade. Ele passou a agir como um consultor, assessorando o cliente em todas as etapas do negócio, principalmente com a documentação. Dessa forma, é necessário estar bem preparado para conquistar a confiança do cliente - diz o presidente do Cofeci.
Formada em Informática e Administração, com MBA em Finanças, Suyen Passos, de 48 anos, chegou à Ética Imobiliária como cliente. Vendeu seu apartamento e, de quebra, conquistou uma oportunidade para estrear como corretora, depois de anos trabalhando em multinacionais como gerente de informática. Em dois anos, assumiu a gerência da filial do Jardim Botânico:
- Eu nunca tinha vendido nada na vida. Mas acredito que a experiência que adquiri nas multinacionais me ajudou a entender melhor o mercado e me deu fortes subsídios para atuar nessa área. Além disso, uma visão clara das necessidades do cliente e a forma de abordagem são essenciais - conta Suyen.
As empresas estão, continuadamente, abrindo vagas. No momento, a Rossi Vendas, braço imobiliário da incorporadora e construtora Rossi, seleciona 200 corretores para trabalhar nas cidades de São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Goiânia, Brasília, Fortaleza e Vitória. Serão 25 profissionais contratados para cada região. Os candidatos devem ter registro no Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis). Para participar da seleção, é preciso enviar o currículo para candidato@rossivendas.com.br, até o fim de abril.
FONTE: Forum Imobiliário
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