A perspectiva de um ano favorável para a economia brasileira, combinada às obras do programa “Minha Casa, Minha Vida” e à realização futura da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos no Brasil, serviu uma nova safra de ofertas de ações de empresas de construção no Brasil. O elevado número de empresas ligadas ao ramo imobiliário com capital aberto, mais de duas dúzias na Bovespa, não deve inibir um movimento superior ao registrado em 2009 em termos de IPOs, retomada de processos de abertura de capital interrompidos pela crise e venda de ações por empresas que já estão na Bolsa. “O principal fator multiplicador dessas ofertas é que o mercado imobiliário residencial está muito forte e carrega a necessidade por estrutura comercial”, disse à Reuters o presidente do Secovi-SP, João Crestana. As empresas estão se estruturando, fortalecendo e atendendo a demanda, que hoje está tremendamente maior que a oferta”, disse. Para Crestana, a possibilidade de novas fusões e aquisições no setor este ano também não significa uma contramão para novas ofertas. O analista Eduardo Silveira, da Fator Corretora, acredita que a primeira onda de consolidação do setor já aconteceu em 2009, referindo-se à incorporação da Tenda pela Gafisa e à criação da Agre, resultado da união entre Abyara, Agra e Klabin Segall. O analista da Gradual Investimentos, Flávio Conde, também não considera o movimento excessivo. “A demanda nacional é muito grande e há espaço para novas ofertas de ações do setor imobiliário”, afirmou. No ano passado, nove empresas de construção civil ou shoppings centers fizeram ofertas de ações na Bovespa. Em janeiro, a Aliansce Shopping Centers estreou na Bovespa com uma oferta primária e secundária. Em fevereiro, a incorporadora Inpar levantou R$ 280 milhões com uma oferta primária e a PDG Realty ganhou novos acionistas, depois que o principal sócio da empresa vendeu em uma oferta o equivalente a quase 30% do capital da empresa.
FONTE: Vida Imobiliária
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