domingo, 11 de março de 2012

Secovi-SP apresenta balanço do mercado imobiliário

Claudio Bernardes
Claudio Bernardes
O Secovi-SP divulgou ontem, 6/3, o Balanço do Mercado Imobiliário em 2011 e as Perspectivas para 2012, durante coletiva de imprensa com a presença do presidente da entidade, Claudio Bernardes, e do vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos, Emilio Kallas.
Conforme Claudio Bernardes, 2011 foi um ano de ajustes no mercado de imóveis novos residenciais na cidade de São Paulo. “O volume de lançamentos manteve-se nos patamares observados em 2010, com reposição de oferta, e o ritmo de vendas superou a média histórica – justamente em um momento de ligeira instabilidade econômica, reflexo das crises nos Estados Unidos e na Europa”, avaliou.
O economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, fez a exposição do cenário econômico e do comportamento do mercado de imóveis residenciais novos na Capital e na Região Metropolitana de São Paulo.
“Considerando-se o período de 12 meses, o indicador VSO (Venda Sobre Oferta) registrou nível compatível com o tradicional desempenho do mercado, acompanhado pela Pesquisa Secovi desde 2004: o índice anual foi de 57,2%, próximo à média histórica de 60,2% calculada de 2004 a 2011”, disse Petrucci.

Celso Petrucci
Celso Petrucci
O valor comercializado em 2011 foi R$ 13,3 bilhões diante dos R$ 13,2 bilhões da média dos anos de 2004 a 2011, com variação de 0,7%. Já a oferta final de dezembro do ano passado totalizou de 19,7 mil unidades, diante das 16,5 mil de dezembro de 2010.
Um dos aspectos importantes foi o tipo de unidade mais comercializada, com destaque para o lançamento de apartamentos de um dormitório, especialmente no Centro e na Zona Leste.
Em termos de perspectivas, o Brasil não ficará imune aos efeitos das crises internacionais. Embora a economia norte-americana esboce recuperação, a europeia “andará de lado”, em 2012.
No cenário econômico nacional, as perspectivas são muito melhores: o PIB deve girar em torno dos 3,5% e o momento é de pleno emprego e de crescimento da massa salarial. “Somado a esses aspectos, o Brasil possui elevado potencial de consumo interno e há a previsão de crescimento do crédito habitacional com recursos da poupança da ordem de 30%, o que completa o ambiente favorável para o setor neste ano”, adicionou Bernardes.
Emilio Kallas
Emilio Kallas
Também foram analisados outros segmentos. A incorporação de escritórios cresceu 25,9% em 2011, com o lançamento de 7,3 mil conjuntos na cidade de São Paulo, diante das 5,8 mil unidades de 2010. O mercado de locação residencial, por sua vez, sofreu forte influência da escassez de oferta e os valores de contratos novos realizados na cidade tiveram aumento médio de 18,48% no ano passado. E o setor de desenvolvimento urbano/loteamentos registrou aumento de 24,5% no volume de projetos protocolados.
Quanto aos preços dos imóveis lançados, Emilio Kallas afirmou que a alta dos valores dos terrenos, em razão da baixa oferta, bem como com a burocracia (decorrente do fato de o setor público não estar equipado para acompanhar o ritmo do mercado), se refletem no custo financeiro do empreendimento. “Estamos trabalhando para equacionar essas questões, mas, na prática, os preços vão acompanhar a inflação.” A íntegra do balanço do setor imobiliário está disponível no portal da entidade (www.secovi.com.br).
18 anos de Plano Real - Em 1º de março deste ano, o Plano Real completou 18 anos. “Temos de comemorar o sucesso do mais amplo plano de combate à hiperinflação, o qual nos devolveu a estabilidade. Um plano que deve sempre prevalecer, pois é da vontade dos brasileiros poder acreditar no presente e planejar seu futuro”, opina o presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes.

FONTE: Sincovi - SP

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