quarta-feira, 7 de março de 2012

Investimento imobiliário global em contraciclo com a conjuntura económica

Nem a escassez de liquidez, a subida da inflação ou a instabilidade política travaram a retoma do mercado de investimento imobiliário, conclui a Cushman & Wakefield.
Os mercados de investimento imobiliário a nível mundial registaram no ano passado uma performance acima das expetativas. Todas as regiões verificaram uma procura de ativos imobiliários acima do esperado, mas sempre com especial enfoque nos imóveis prime e com menor risco. Esta maior atividade foi sentida essencialmente no 1º semestre do ano, no qual se verificou uma subida considerável face ao volume de investimento transacionado em igual período de 2010. No 2º semestre, o volume de ativos transacionados foi ligeiramente inferior ao verificado de Julho a Dezembro de 2010, causado pela aversão ao risco da grande maioria dos investidores. A evolução menos favorável das principais economias mundiais, a crise da dívida pública e a instabilidade politica sentida em particular na Europa, foram as principais razões para esta quebra no investimento.
Os volumes de transações registaram uma quebra de 7% entre o primeiro e o segundo semestre de 2011, com os mercados emergentes, após um bom início de ano, a registarem as maiores perdas. Em oposição, os mercados maduros verificaram um aumento no volume de transações de 21%, detendo em 2011 60% da quota de mercado global, em comparação com os 56% de 2010.
Esta redução da atividade sentida no 2º semestre não afetou os valores de mercado ao nível global. A forte procura sentida no início do ano, associada a uma oferta limitada de ativos prime, resultou numa contração das prime yields em vários mercados. A média global desceu 20 pontos-base, para 7,35%, com o continente americano a registar a maior contração, 31 pontos-base, liderada pelos Estados Unidos da América. Seguiu-se a Ásia, com uma descida de 19 pontos-base e a Região EMEA com menos 8 pontos-base nas yields de referência. Na Europa Central e de Leste registou-se uma descida média de 40 pontos-base, em oposição a Europa Ocidental que corrigiu em apenas 2 pontos-base.

FONTE: VIDAIMOBILIÁRIA

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