Na sede do Secovi-SP, diretores do banco apresentaram as estratégias para operar com mais agilidade no programa Minha Casa, Minha Vida e, assim, atingir a liderança na concessão de financiamento junto aos agentes privados daqui a dois anos
13/03/2012O mercado imobiliário paulistano está satisfeito com o ingresso de uma das mais significativas instituições públicas no financiamento do programa Minha Casa, Minha Vida. No dia 12/3, dirigentes do Banco do Brasil participaram de reunião almoço com a diretoria e os associados do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) para mostrar os aprimoramentos na área de crédito imobiliário, a fim de dar mais eficiência ao programa e, com isso, mais fôlego à Caixa Econômica Federal.
“Pretendemos financiar, até 2014, algo em torno de 184 mil unidades na faixa 1 (até 3 salários mínimos) do Minha Casa, Minha Vida. Esse montante, somado aos produtos das faixas 2 e 3 (de 3 a 10 salários mínimos) do programa, deverá superar as 220 mil unidades no mesmo período”, afirmou Gueitiro Matsuo, diretor de Crédito Imobiliário do Banco do Brasil.
Força do setor – De acordo com Matsuo, as premissas do plano de negócios do Banco do Brasil para o financiamento habitacional foram construídas por meio das inúmeras consultas feitas ao mercado imobiliário durante os últimos anos. “Constatamos, por exemplo, que o cliente da faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida será o nosso ‘pré-sal’ daqui a uns 4 e 5 anos, pois o crédito imobiliário fideliza os clientes”, disse. Dos 56 milhões de clientes do Banco do Brasil, 53 milhões estão aptos a esse tipo de financiamento. “O programa vem ao encontro das estratégias de negócios do Banco do Brasil, ou seja, popularizar o crédito e privilegiar os nossos clientes.”
Um Centro de Serviço Imobiliário (CSI) mais cinco plataformas de atendimento com um técnico negocial em cada uma delas, todos sob a regência de uma diretoria imobiliária centralizada em São Paulo, garantirá que clientes e empresários acessem o crédito necessário a partir do tripé simplicidade, agilidade e comunicabilidade. “Esses três pilares estão sustentados por sistemas inteligentes, amigáveis, e que não param de trabalhar aos finais de semana e feriados”, completou o diretor do Banco do Brasil.
Para o presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes, o crédito imobiliário se tornou ação estratégica dos bancos. Ele reconheceu os esforços do banco para atuar com vigor no Minha Casa, Minha Vida, que precisa de ajustes nas faixas de valores, principalmente em grandes capitais como São Paulo. “O Banco do Brasil atuando no financiamento de todas as faixas traz promissoras perspectivas e contribui com o crescimento sustentável do País. É estratégico ter mais um agente financeiro público no programa”, opinou o dirigente.
Na avaliação de Flávio Prando, vice-presidente de Habitação Econômica do Secovi-SP, a atuação do Banco do Brasil no crédito imobiliário corresponde a um novo paradigma no mercado. “A criação de uma diretoria específica para tais assuntos revela a seriedade e o comprometimento da instituição financeira”, disse. O dirigente sugeriu a adoção do pré-contrato, que seria aprovado na área de risco do banco, como forma de evitar problemas para as famílias, em caso de mudanças nos parâmetros de enquadramento. A essa proposta, Gueitiro Matsuo prometeu se pronunciar em um mês.
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