Fevereiro de 2001 foi o divisor de águas para o relacionamento entre a Caixa Econômica Federal (CEF) e seus mutuários. Na época, a falta de pagamento das prestações da casa própria era um problema generalizado e a retomada dos imóveis, uma prática comum do banco, diante da inadimplência que em muitos casos se arrastava por anos.Desde então, a CEF atribuiu à Emgea, um braço do banco estatal, a administração dos contratos antigos e de negociação complicada.
Paulo Teixeira Marinho, gerente regional da área de construção civil da superintendência noroeste da Caixa, reconhece que a atuação bem mais rigorosa da Emgea, quanto à cobrança, contribuiu para a queda drástica da inadimplência nos últimos anos, mas faz questão de ressaltar outros fatores que também incentivaram os mutuários a pagar em dia.
Na hora de contratar o financiamento, o mutuário é impedido de comprometer mais de 30% da renda familiar, por exemplo. "A estabilidade econômica e a valorização imobiliária maior que os juros também contribuíram para a queda da inadimplência", aponta Marinho.
O gerente destaca ainda que a mudança no cálculo das prestações pelo Sistema de Amortização Constante (SAC) também favorece a pontualidade dos pagamentos. Nesse modelo, o mutuário paga prestações mais elevadas no início do financiamento e o valor vai reduzindo com o passar do tempo.
"A inadimplência hoje não chega a 3%, o que é muito diferente de sete, oito anos atrás. Não fazemos mais leilões como antigamente. Hoje, temos um caso ou outro de retomada do imóvel. Nossa intenção não é retomar o bem, mas manter o pagamento em dia. Por isso, muitos acordos são fechados entre a CEF, Emgea e o mutuário", garante.
Ao comentar o perfil desses financiamentos , Marinho diz que são "desequilibrados financeiramente, já que a parcela não cobria sequer os juros".
Pé no chão
Procure um imóvel que atenda suas necessidades atuais. Evite empréstimo para comprar um imóvel além da necessidade.Use todo o saldo do FGTS como entrada para reduzir o valor financiado. Priorize o pagamento das parcelas para não perder o imóvel.
FONTE: REDIMOB
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