quarta-feira, 9 de março de 2011

CEF financia imóvel em rua de areia só até junho.

Banco revê sua posição e decide dar prazo de tolerância para as construtoras, que agora vão fazer pressão sobre as prefeituras.

Depois da repercussão negativa em todo o Brasil, a Caixa Econômica Federal resolveu voltar atrás e conceder um prazo para que as construtoras terminem as obras do Minha casa, minha vida que já foram iniciadas em ruas sem calçamento.

Os imóveis que estão em construção podem ser terminados e comercializados até o próximo dia 30 de junho.

A decisão tirou uma enorme peso das costas dos 200 pequenos construtores que fazem parte da Associação dos Construtores de Paulista. Eles terão tempo de terminar as casas e já estão recontratando os cerca de três mil funcionários demitidos, além de contratar mais gente para acelerar as obras.

Esta semana, os representantes da associação vão se reunir com o prefeito de Paulista, Yves Ribeiro, para pedir que mais ruas no município sejam pavimentadas. Legalmente, a obrigação de manter as ruas pavimentadas é das prefeituras.

“A gente pode até fazer um acordo com a prefeitura, para que ela compre o material e a gente ceda a mão de obra. O que não pode é deixar as ruas sem calçar, porque a partir de junho, o problema volta”, explica o presidente da associação, Fernando Sabino Pinho.

Para conseguir o financiamento da Caixa Econômica para os compradores das casas, as construtoras terão que obedecer uma série de exigências como a comprovação técnica ou declaração do município de que o imóvel está inserido na malha urbana, além da apresentação de laudo de vistoria específico, entre outras. “Algumas exigências a gente já obedecia e as novas não serão problema para os construtores. A única questão que a gente não poderia obedecer era calçar a rua. É oneroso demais”, garante.

SEGURANÇA

Uma das novas regras traz mais segurança para o comprador porque vai fazer com que o cliente final tenha ciência prévia das condições de infraestrutura do imóvel.

Em nota oficial sobre as novas regras divulgada ontem, a Caixa explica que “terminado o período de transição, a Caixa reavaliará a questão e, dependendo do caso, poderá optar por regras diferenciadas de acordo com a região ou do porte do município, porém, em hipótese alguma irá transigir em itens que possam fragilizar a qualidade, a segurança e as condições de habitabilidade do imóvel”.

Até o início deste mês, o banco só fazia a exigência às grandes construtoras, que têm a produção financiada.

As pequenas, por sua vez, constroem com recursos próprios e ganham com o financiamento para o cliente final. “A Caixa começou a fazer a exigência muito depois do início do programa”, reclama Fernando Sabino Pinho.

Fonte: JC Online

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