Apesar da incerteza económica, o volume de investimento europeu cresceu em 2011, impulsionados por um forte aumento de atividade na Alemanha, de acordo com o ultimo estudo da Knight Frank/ Newmark divulgado pela Worx.
Os investidores europeus permanecem cautelosos e procuram essencialmente propriedades prime de baixo risco em localizações core, devido ao panorama económico atual.
De acordo com o estudo, nos primeiros três trimestres do ano, foram investidos cerca de 83 mil milhões de Euros em propriedades comerciais europeias, mais 28% que no mesmo período do ano passado segundo a Real Capital Analytics. A atividade tem sido consistente ao longo de 2011, registando em cada trimestre transações entre 25 e 30 Mil Milhões de Euros. A procura foca-se sobretudo em imóveis numa boa localização, com bons inquilinos e contratos de longa duração, tendo-se no entanto, prolongado o prazo de conclusão dos negócios devido à maior cautela dos investidores e das instituições financeiras que se encontram empenhados na realização de cuidadosas due diligence. O financiamento está fortemente restrito, colocando assim investidores financeiramente estáveis numa posição favorável no mercado atual.
A Alemanha liderou o aumento do volume de investimento durante os três primeiros trimestres com +65% do que no mesmo período do ano passado, França com +40%, Países Nórdicos com +50% e Europa Central e Europa do Leste com +45%. Contudo, registou-se uma redução do volume de investimento em Espanha com -33% e Portugal com -63%, sublinhando assim a polarização permanente entre os níveis de atividade nas economias periféricas mais fracas da Europa e os países que conseguiram manter um crescimento económico relativamente bom e permaneceram imunes aos piores efeitos da crise.
O volume de investimento alemão foi impulsionado por um crescimento significativo no investimento de retalho com 8.9 Mil Milhões de Euros investidos nos primeiros nove meses. Os imóveis de retalho alemães têm atraído investidores, que veem o sector como sendo seguro, com retornos estáveis e oportunidades de gestão de ativos.
Prevê-se que em 2012 a compressão das yields seja mínima e como tal, qualquer aumento no valor dos imóveis terá que ser impulsionado pelo crescimento do valor das rendas. Em imóveis non prime e nos mercados periféricos, as yields e o valor dos imóveis poderão enfraquecer durante o ano.
FONTE: Vida Imobiliária
Nenhum comentário:
Postar um comentário