Desafio da categoria é acelerar processos de contratos
Firmes na luta pela desburo cratização no trâ mite contratual, seja de residências ou estabelecimentos comerciais, os corretores de imóveis comemoram hoje o dia nacional da categoria (a data comemorativa foi criada em 1962). De acordo com o presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis de Pernambuco (Sindimóveis), Paulo Rodrigues, o grande desafio da categoria consiste justamente no processo de aceleração dos contratos. “Enfrentamos muita burocracia nos cartórios de registro de imóveis. Entramos em contato com a Secretaria de Patrimônio da União, mas essa ques tão ainda é um entra ve”, alertou.
No entan to, os percalços que surgem não são suficientes para diminuir o crescimento quanto à demanda por esse tipo de profissional. Dados do Índice de Velocidade de Vendas (IVV), que analisa o desempenho do comércio de imóveis na Região Metropolitana do Recife (RMR), registrou expansão de 166% nas vendas nos dois primeiros meses deste ano, resultando em mil unidades por mês. No Brasil, a realidade é a mesma por conta do programa nacional Minha Casa, Minha Vida, que contemplará a população com a oferta de 1 milhão de moradias.
Para atender a todo esse crescimento, Rodrigues explicou que o Sindicato dispõe do curso Técnico em Transação Imobiliária (TTI), capaz de assegurar o conhecimento específico em áreas como Direito Imobiliário, Matemática Financeira, entre ou tras. São 800 horas/aula distribuídas em nove horas/aula por semana, o que dá um total de 1 ano e 6 meses de capacitação. Quem se interessar, paga uma taxa de inscrição e a mensalidade de R$ 130 para assistir às aulas e fazer um estágio em uma empresa imobiliária. “A formação profissional tem sido o nosso foco”, enfatizou o presidente.
“A cada dia que passa sentimos mais forte que realizamos o sonho da casa própria de uma série de pessoas”, asseverou o corretor Antônio de Aquino, presidente da Aquino Consultoria Imobiliária. Ele entrou no mercado há dez anos e diz que não se afastará desse setor. Pelo contrário. “Tive essa oportunidade através de um amigo, profissional da área. Fui incentivado a tornar-me um corretor, conversei com as pessoas, criei clientes e resol videixar a representação comercial numa empresa do ramo de material elétrico”, contou. Segundo Aquino, o fato de o Governo Federal conceder juros baixos e longas parcelas de pagamento em imóveis tem contribuído para o segmen to.
Existem hoje, no Estado, mais de oito mil corretores de imóveis cadastrados, dos quais apenas 2,9 mil encontram-se regularizados junto ao Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de Pernambuco (Creci-PE). O salário em média desse profissional está no patamar de R$ 5 mil, podendo atingir por volta de R$ 20 mil em períodos de lançamento de novos imó veis. En quanto isso, a comissão varia entre 1% e 1,5% do valor do imóvel para os que trabalham ligados a empresas e entre 3% e 5% para os corretores autônomos.
FONTE - Folha Online - CAPE
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