Profissão cresce a cada dia e só no Brasil são aproximadamente 220 mil registros
Ganhos altos, crescimento do mercado e flexibilidade de horário são alguns dos atrativos da profissão de corretor de imóveis, que seduz cada vez mais pessoas. Somente no ano passado, 20 mil novos corretores ingressaram na profissão no país. Ao todo, já são 220 mil profissionais legalizados para exercer a atividade. O número é 11,5% maior do que o registrado em 2008 pelo Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci).
"Com a expansão do mercado imobiliário, a corretagem de imóveis representa um ganho de capital rápido. Por isso, muita gente está migrando para a profissão. A remuneração do corretor varia de acordo com cada negócio, ou seja, não tem salário fixo. Em geral, a comissão padrão é de 6% sobre o valor de venda do imóvel e está embutida no preço cobrado ao comprador", diz Daniel Rosenthal, corretor de imóveis e um dos organizadores do Corretor Show Imobiliário, evento voltado ao aperfeiçoamento do profissional e aspirante da área.
São Paulo é o Estado brasileiro com o maior número de corretores, 60 mil, seguido por Rio de Janeiro com 40 mil. "A estimativa é que esses números sejam ainda maiores, pois existem pessoas que trabalham irregularmente com o mercado, que é o amigo do amigo, o porteiro, o vizinho, pessoas que estão ligadas a esse segmento", diz Rosenthal.
O corretor de imóveis intermedia, durante a transação de um imóvel, seja urbano ou rural, a relação comercial entre o vendedor e o comprador. É de responsabilidade do corretor apresentar ao comprador o imóvel que será comercializado, dispondo de todas as informações necessárias para que a venda seja efetuada.
A comissária de bordo e corretora de imóveis Camila Helena Nunes, de 31 anos, entrou no ramo há alguns meses. Ela trabalha numa companhia aérea e resolveu ter alternativas. "A profissão de corretor é uma segunda opção profissional. Queria aumentar minha renda e um amigo deu a dica. A área está em constante e notória expansão. Por enquanto, estou conciliando as duas profissões. Voo há 11 anos, hoje faço rotas internacionais e, por isso, consigo conciliar ambas. Na corretagem eu não tenho vínculo empregatício e com dedicação posso obter o retorno financeiro que desejo", diz Camila.
Para seguir esta carreira é preciso que o corretor esteja credenciado junto ao Conselho Regional de corretores de Imóveis (CRECI). Para obtê-lo, é preciso fazer o curso de Técnico em Transações Imobiliárias (TTI) em uma das escolas credenciadas e realizar o estágio requerido. Após esses procedimentos, a pessoa está apta a exercer a profissão. Além disso, o corretor de imóveis pode ser bacharel em Ciências Imobiliárias (duração de quatro anos), ter o curso de Gestão Imobiliária (dois anos) ou especializar-se como Técnico em Transações Imobiliárias (apenas um ano).
Para quem está pensando em ingressar na profissão, Rosenthal relaciona o perfil adequado. "Dentre as características para ser um corretor, é preciso ter aptidão e gosto por vendas. Possuir carisma, bom humor, raciocínio rápido, paciência, habilidade em relacionar-se com o público, dedicação, argumentação, capacidade de convencimento, boa aparência, manter-se bem informado, ter celular e carro próprios", aponta. O mercado de trabalho é vasto. O corretor pode trabalhar como autônomo, em empresas imobiliárias, construtoras, cartórios de registros de imóveis, leilões (empresas judiciárias), consórcios imobiliários, empresas de loteamento, planejamento imobiliário, entre outras.
Fonte: www.moneyjornal.com.br. Por: Susamara Bastos
Nenhum comentário:
Postar um comentário